Assim, como qualquer
conceito e metodologia existente, a Educação a Distância possui
suas vantagens e desvantagens. Porém, para apontá-las é necessário
deixar de lado vários preconceitos e saber como funciona esta
modalidade de educação, além de conhecer o público alvo a quem se
destina, pois, o que pode ser considerado como um fator negativo ou
positivo para um determinado estudante, para outro pode não ter
relevância alguma.
Tratando-se de vantagens,
o que é tido como unanimidade é a questão da flexibilidade. Poder
escolher e ajustar as horas de estudo conforme as necessidades em um
mundo tão globalizado e corrido como tem-se hoje, é uma das
melhores particularidades que um curso em EaD pode oferecer.
Outra questão muito
importante a favor de um curso a distância é sobre sua facilidade
quanto a localização, ou seja, em qualquer lugar ( desde que tenha
o equipamento necessário e acesso a internet) é possível dar
prosseguimento aos estudos e atividades requeridas. Dentre todos os
benefícios dessa modalidade, esse é o fator que mais lhe confere o
status de colaborador com a democratização da educação, pois não
limita sua oferta apenas aos grandes centros urbanos do país.
Acerca das desvantagens,
percebe-se que a maioria delas está mais vinculadas a mitos,
preconceitos e falta de conhecimento sobre a metodologia da EaD do
que à realidade e argumentos válidos. Quem nunca fez um curso a
distância, normalmente afirmará que estudar numa metodologia mais
tradicional é melhor, sem sequer conhecer como funciona a outra
parte.
Hoje, graças a
tecnologia, as diferenças entre EaD e presencial estão cada vez
mais imperceptíveis. Até a questão do ambiente de sala de aula,
característica do ensino tradicional, é emulada com o uso de
recursos como a videoconferência. Então a desculpa de que um método
é melhor do que o outro porque se tem um professor para explicar o
conteúdo e sanar as dúvidas existentes em tempo real já não é
mais cabível, pois em ambas metodologias isso é possível.
Por isso, acredito que as
desvantagens da educação a distância variam de aluno para aluno,
sendo o fator primordial para isso as habilidades e competências
características do estudante em questão que o ajudam na obtenção
de conhecimento. Se ele é imersivo, tem facilidade em operar o
computador e utilizar programas, é autônomo, entre outras
características, para ele a EaD só terá vantagens. Já se for uma
pessoa mais auditiva, que prima pela exposição de um tema
(pessoalmente, e não por vídeo) e sente-se mais seguro tendo alguém
para auxiliá-lo na execução de atividades, verá o e-learning com
uma metodologia ineficaz.
Sendo assim, permanecem
poucas reais desvantagens da educação a distância. A principal
delas talvez seja o nível de formação do corpo docente, que é
visivelmente inferior (não no sentido de qualidade, mas sim em nível
acadêmico) e menos exigido e fiscalizado do que na modalidade
presencial. A resolução desse problema cabe unicamente à entidade
educacional, que deve investir e valorizar seus cursos a distância a
medida em que contrata formadores e tutores com grau acadêmico
elevado dentro da área de formação em questão. Creio que isso
seria mais benéfico para a instituição do que para os alunos, pois
seus cursos seriam vistos de forma mais otimista, o que aumentaria a
oferta/procura e diminuiria o preconceito de profissionais formados
nessa modalidade.
Outra desvantagem que
cito (mesmo que o material apresente como mito) é a alta evasão dos
cursos em EaD. Como tutor, encaro que, para cursos gratuitos e de
extrema qualidade, oferecidos por entidades públicas e federais, o
abandono é muito grande e inaceitável. A solução para isso está
na seleção. Se ela fosse melhor, buscando identificar os alunos
realmente interessados e que possuíssem as habilidades e
competências para acompanhá-lo, penso que a evasão seria quase
nula.
Por fim, ressalto que a
tendência da educação a distância é crescer cada vez mais, ao
passo da evolução da tecnologia e a quebra de preconceitos sobre o
e-learning, graças as avaliações que cursos dessa modalidade estão
sendo submetidos para comparação com cursos tradicionais, onde, na
maioria das vezes, sai vencedor, o que atrai o olhar interessado do
mercado de trabalho sobre profissionais oriundos dessa tipo de
formação.