domingo, 14 de outubro de 2012

Amor Obsessivo

O texto a seguir foi escrito por Isabella, uma de minhas alunas do 9º ano.


Isso prova que ainda há muito potencial, imaginação e criatividade dentro das salas de aula das escolas públicas. Basta saber procurar e incentivar...



 Valeu, Isabella!



  
Amor Obsessivo



Num belo dia ensolarado, onde todas crianças corriam e brincavam de pega-pega, nadavam na piscina do Clube São Paulo para se refrescar, um jovem branquinho, de cabelos loiros e olhos verdes, chamado Pedro, fazia 17 anos. Sentado no banco da quadra de basquete, vendo seus amigos jogar, olhou para o lado e viu uma garota bem clarinha, de olhos castanhos e longos cabelos pretos.
Ele olhava-a admirado, quando seu amigo Carlos chegou perto e disse:
- Gostou?
- Muito...
- Vai lá então, cara! Fala com a menina!
- Vou falar o quê?
- Chama ela para sair ou tomar um sorvete na cantina do clube.
- Humm... Beleza. Vou lá!
Pedro chegou perto dela e perguntou:
- Como você se chama?
- Laura. – respondeu ela, assustada. - Por quê?
- Gostei de você e gostaria de saber se queria tomar um sorvete comigo.
- Desculpe-me, mas não posso.
- Por quê?
- Não trouxe dinheiro.
- Isso não é problema. Se eu chamei, eu pago! – insistiu ele.
- Bom... Assim eu topo.
- Daqui meia hora na cantina do salão.
- Ok. Estarei lá.
Eles despediram-se com um beijo no rosto.
Pedro voltou com um enorme sorriso estampado na cara. Chegou para Carlos e disse:
- Consegui! Vou encontrá-la na cantina para tomar um sorvete.
- Falei que ela não iria resistir. Conheço as mulheres! – riu Carlos.
No horário e local marcado encontraram-se. Enquanto saboreavam sorvete, Pedro de chocolate e ela de morango, ele parou, puxou a menina pelo braço e perguntou:
- Você aceita namorar comigo?
Surpresa com a atitude do rapaz, ela olhou para seus olhos verdes e secamente respondeu:
- Não.
- Por quê?
- Não posso. Tenho que ir embora!
- Então pelo menos me passa o número do seu telefone...
Após passar seu número, foi embora.
Pedro, totalmente apaixonado por Laura, não conseguia parar de pensar nela. Não comia e tampouco dormia direito.
Na semana seguinte, voltou ao clube. Estava um dia tão belo como aquele. Pegou seu celular e mandou uma mensagem para ela, dizendo tudo que sentia por ela e a queria ao seu lado. Novamente pediu:
“Quer namorar cmg?”
A resposta de Laura veio seca, novamente:
“Naum”.
Mas Pedro não desistiu e de cinco em cinco minutos mandava a mesma mensagem:
“Vc aceita namorar cmg?”
Mas ela não respondia mais.
Pedro ficou apavorado e, com um objeto pontiagudo que encontrou, se cortou, escrevendo “Laura” em seu braço. O corte começou a sangrar e doer muito. Desesperado, pulou na piscina, mas não conseguiu nadar por causa da dor. Então, morreu afogado e de amor.


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